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"Jogo de Damas" no Charlot com sala cheia

  • Gustavo Ribeirinho
  • 17 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura


Na passada noite de terça-feira, dia 16 de Fevereiro, o Cinescópio esteve presente no cinema Charlot, em Setúbal, numa sessão que contou com várias dezenas de pessoas para assistir ao filme Jogo de Damas e para ouvirem a realizadora Patrícia Sequeira. Estiveram ainda presentes a argumentista Filipa Leal, e uma das actrizes, Fátima Belo, que se deslocaram até Setúbal para trocarem algumas impressões pessoais sobre o filme.

Depois de uma breve introdução feita por Fernanda Silva - actual responsável pela direcção do Cinema Charlot -, Patrícia Sequeira explicou que esta longa-metragem, que estreou no Lisbon & Estoril Film Festival em Novembro passado, resultou de uma necessidade, de um desejo pessoal. A realizadora encara este filme como um exercício sobre a amizade, sobre a partilha de uma dor, de uma perda.

O processo criativo foi decisivo na construção - não só da história como do filme em si -, isto porque o produto final, é fruto de um exercício colectivo entre as actrizes e a realizadora. Ainda antes de saber que filme queria fazer, Patrícia tinha apenas a certeza com quem queria trabalhar. Então as cinco actrizes (Ana Nave, Ana Padrão, Fátima Belo, Maria João Luís e Rita Blanco) reuniram-se com a realizadora, numa casa de turismo rural, de onde não sairam até terem o filme todo planeado. A cineasta começou por escrever uma carta individual para cada uma das actrizes, em nome de uma amiga (fictícia) falecida. A partir daí, foram criando em conjunto as várias personagens e a trama. Quando a história estava finalmente estruturada, convidaram a jornalista Filipa Leal para dar um tom poético à narrativa, e como esta tinha perdido a sua mãe há pouco tempo, conseguiu relacionar-se com o texto de forma mais natural, verdadeira. Terminado o argumento, gravaram o filme em dez dias - durante as férias laborais de Patrícia Sequeira -, na casa onde a história nasceu.

Fátima Belo, afirmou que fazer este filme representou um enorme desafio, inerente à liberdade que a realizadora deu às cinco actrizes para criarem as suas personagens. Segundo a actriz, essa liberdade chegava a ser assustadora. Porém, a vasta experiência de cada uma das artistas acabou por dar origem a cinco personagens, com quem o público facilmente consegue criar uma empatia.

Por fim, a realizadora afirmou que este “é um filme sobre pessoas, é um jogo entre realidade e ficção, porque cada uma das actrizes colocou lá as suas coisas- quem as conhece vai perceber isso”.

Amanhã, 18 de Fevereiro, partilhamos a nossa crítica ao filme Jogo de Damas.


 
 
 

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