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"The Walking Dead" - HEEEERE'S NEGAN

  • João Croca
  • 5 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Jeffrey Dean Morgan na pele de Negan. Fonte: Omelete.

Termina assim mais uma temporada de TWD - e que final! São precisos alguns minutos para digerir o último episódio da sexta temporada, especialmente para aqueles que têm consciência do que aí vem. Os leitores da banda-desenhada de Robert Kirkman sabem do que estou a falar.

Para quem não acompanha a banda-desenhada, provavelmente não terá consciência de que o grupo liderado por Rick Grimes enfrentará um dos seus maiores desafios enquanto procuram sobreviver a um mundo apocalíptico, numa fase em que a série atinge uma das etapas mais emocionantes da saga. Atrevo-me a dizer que, assim espero, a sétima temporada compensará todo o aborrecimento da quarta, quinta e primeira metade da sexta.

É muito difícil explicar as minhas expetativas sem spoilar, por isso considerem-se avisados/as a partir desta alínea!

A sexta temporada é inspirada no décimo sétimo volume da saga, onde personagens como Andrea e Sophia ainda estão vivas, provando que os contornos da série podem vir a ser muito diferentes da banda-desenhada. O motivo principal de todo o meu optimismo reside nesta personagem: Negan. Ouvimos o seu nome durante toda a segunda metade da sexta temporada sem termos sequer uma mínima amostra da sua força ou capacidade de fazer frente à comunidade de Alexandria. Neste caso, a personagem não nos fez esperar pela demora, apresentando-se como uma promessa de muita inquietação no futuro.

Capa do volume 17 “Something To Fear”. Fonte: Walking Dead Wiki.

Estamos a falar de um vilão que mete o Governador a um canto, um personagem da comics que nada tem a ver com a versão encarnada pelo britânico David Morrisey.

Quando falamos de Negan, falamos de puro sadismo, ficamos à mercê de uma maldade reforçada por uma irónica, mas mortífera, ética de territorialidade, onde a lei do mais forte é morbidamente aplicada através de masoquismo perverso e de uma ultraviolência sem precedentes. De todos os vilões deste universo, Negan foi aquele que teve uma entrada mais pesada, entrando literalmente a matar ao descarregar a sua sede de violência em Glenn, um dos mais adorados personagens da série e que provavelmente se despediu neste episódio. Não há certezas quanto a essa possibilidade, mas para complementar o peso dramático da narrativa faz sentido que seja ele o primeiro do grupo a sucumbir nas suas mãos. Dando razão ao título do 17º volume do universo de Kirkman, o xerife Rick e companhia têm algo mais a temer, pondo os walkers mais uma vez no fundo da tabela das suas preocupações. Vão-se viver tempos negros em Alexandria e isto é apenas o início.

Ainda sobre Negan: que melhor ator para interpretar o papel do que Jeffrey Dean Morgan?

Apesar dos seus traços físicos não serem totalmente leais à caraterização, Jeffrey compensa pela sua postura de bad motherfucker e a verdade é que já nos provou que consegue incorporar essa postura em filmes como Watchmen (2009) e The Losers (2010). Ainda só o vimos em ação durante meros minutos e dá-me a sensação de que já estamos todos “caidinhos” por ele, já para não falar deque o guião vai muito ao encontro dos diálogos presentes na comics, aguçando ainda mais o apetite, mas também a colocar mais expetativas na sua prestação.

Há muito tempo que a série não me prendia assim; é extremamente ingrato termos de esperar até Outubro.

 
 
 

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